Esta simulação é aproximada. Baseia-se em um sistema de simulação criado pelo blog Discutindo Porto Alegre. Tanto a ferramenta de simulação quanto detalhes do funcionamento do cálculo e do sistema de ônibus podem ser obtidos aqui clicando aqui.
As ações usadas nesta simulação foram calculadas isoladamente. Para uma proposta mais abrangente para o sistema de transporte de Porto Alegre, clique aqui
Muitos dos dados aqui expostos não são tão diretos quanto parecem. Abaixo, são explicados com mais detalhes quais critérios adotamos para calcular cada um dos itens.
Hoje já não temos mais impostos diretos sobre o sistema, após a desoneração do ISSQN pela prefeitura e o PIS/ COFINS pelo governo federal. Foram, entretanto, removidas uma taxa e um imposto indireto:
Folha dos empregados é hoje responsável por 45,48% do custo da passagem. Nesta simulação, foram consideradas a redução do percentual de cobradores e de fiscais para 0%. Não foi alterada a quantidade de motoristas.
Os idosos (e outras categorias de isentos) recebem hoje 100% de isenção de tarifa. Para este cenário, aumentamos o valor da tarifa para o valor pago por um usuário comum, mas consideramos uma queda de uso desta categoria para 20% dos usuários de hoje. Esta queda é alta, pois muitos idosos hoje usam o sistema de forma intensa apenas pelo preço, andando muitas vezes poucas quadras. Considera-se que eles não farão mais estas viagens ou as farão a pé ou de carro.
Entretanto, é importante destacar que esta isenção é uma legislação em nível federal, criada pelo Estatudo do Idoso (Lei 10.741/03 ). Assim, esta isenção pode ser derrubada apenas em nível federal.
Os estudantes possuem hoje o benefício de 50% de desconto na passagem. Para este cenário, aumentamos o valor da tarifa para o valor pago por um usuário comum, mas consideramos uma queda para 70% dos usuários de hoje.
Para o cálculo do impacto do ar-condicionado, foram consideradas as seguintes premissas:
Estes valores foram obtidos com base nas diferenças entre categorias de ônibus com e sem ar-condicionado, conforme obtidos na planilha da EPTC. Os valores são aproximados.
Ponderando o custo frente o tamanho da frota, teremos:
Nos dias de passe livre, nenhum usuário paga a tarifa. Para este cenário, aumentamos o valor da segunda tarifa para o valor pago por um usuário comum, mas consideramos uma queda para 40% dos usuários de hoje. Esta redução torna o número de bilhetes equivalente ao vendido em um dia comum.
O usuário do cartão TRI não paga a segunda tarifa, de modo a estimular o uso integrado do sistema. Para este cenário, aumentamos o valor da segunda tarifa para o valor pago por um usuário comum, mas consideramos uma queda para 50% dos usuários de hoje.
Segundo auditoria do TCE feita no início de 2013, o lucro médio das empresas é de 9,74%. Para efeitos de simulação, consideramos este valor de 10%.
Os estudantes possuem hoje o benefício de 50% de desconto na passagem. Para este cenário, excluímos a arrecadação deste grupo do cálculo da passagem. O eventual aumento de uso não traz efeitos de custo.
O IPTU é um dos impostos arrecadados pela prefeitura. No orçamento 2013, sua arrecadação está estimada em R$ 367 milhões, o que corresponde a 6,88% da arrecadação da prefeitura.
Para esta simulação, aumentamos a arrecadação do tributo em 50%. Embora este valor possa ser obtido apenas tarifando os mais ricos - proposta muitas vezes levantadas por diversos grupos -, não temos como avaliar como ocorreria tal distribuição. É mais seguro, assim, entender esta proposta como um aumento igual para todas as faixas de renda.